Quando chegar, tire em imediato suas roupas, eu quero ver-te nu, exposto, imposto aos meus devaneios, quero apalpar a rispidez e a lisura, anseio o foco sobre o teu pênis ainda amanhecido, te espero trêmula, esmero uma canção antiga, um verso de outrora que dilacere cada enfermidade, a deformar os sentidos, transfigurar as sutilezas, quero ver-te nu, como havia dito, e apalpar cada emaranhado de pêlos e cruas carnes, mornas, cálidas, austeras, almejo ampliar o foco, eternizar em polaróides o lúbrico cerne do corpo que me penetra, em una moradia substancial e lasciva, a língua, a saliva, a porra, a face inebriada e ardorosa, não conte-me sobre os fatos, não diga-me segredos, anule as urgentes notícias, pode me chamar de puta, desvairada, insana e torpe, o porre que compartilhamos, a falta sórdida que agora esvai-se, goze sobre os meus lábios, minhas ancas, meios seios, arruíne esta distancia, aproxime-se faminto e sujo, me coma, alimente-se do meu liberto sexo, e já saciado implore por lamber meus pés, saliente e impuro, a deflorar as horas, dias, meses, e imperar o alicerce que nos une num baque de tempestades, intensos brios, vorazes ímpetos, quero beber o teu suor pra sentir sede de você.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Diante de toda essa voracidade, essa Poesia visceral, não tem como não ir, impossível não atender ao desejo dessa mulher. Porque ela pede com jeito, ela desperta no leitor a vontade de rasgá-la inteira, porque as palavras criam corpo, geram sensações, fazem o leitor ficar "puto" junto com a personagem. Acho isso fantástico, esse lance de se permitir ser seduzido pelas palavras-imagem, e foi exatamente assim que aconteceu comigo. Parabéns pelo texto. Como sempre, adorei. Não tem como não gostar do que tá escrito aqui... Realmente não tem.
UAU!
UEHEUEHEU
Muito bom!
:)
Postar um comentário