sexta-feira, março 23

dadá

bailavam cegas
andorinhas de inverno
vermelhas e cinzas
como o céu de outrora

e ainda que inertes
ao tempo e ao clima
bailavam bailavam
sorriam pra mim

mas não me viam
ou viam as cores
da alma que é minha?
ou não sorriam
tratava-se apenas do vão irreal
de minha mente já posta à venda?
ou era fuga do marasmo vivo
num riso de andorinhas vermelhas-vermelhas?
ou eram cinzas dos dias mais quentes
disformes no frio de um vôo só meu?

5 comentários:

Marla de Queiroz disse...

Que coisa linda, moço!
Ainda estou digerindo como teu poema se comunicou com algo que tenho aqui dentro...
Depois eu te conto.
Bonito demais!
Beijos tantos.

Anônimo disse...

(dadádadádadádadádadádadádadádadá)

amarelinha
cor
co
va
do
!

tanto faz?

diovvani mendonça disse...

A mente posta à venda (rsrs) é como gotas de delírio-lunar em frascos à venda em farmácias. AbraçoDasMontanhas.

Marina disse...

Esses vôos delírios de andorinhas...

Não te viam, mas te sentiam...

Bjuss

Anônimo disse...

as letras de quando já se passa da hora, mas não tanto assim.
a mary (deLírios) me pediu pra vir aqui te ler. como eu não descobri esse cantinho antes? :)
continue escrevendo...

(www.interludio.blogger.com.br)