domingo, julho 31

Caminho

labirintos
instintos ferinos
absinto
punhados de mar
um presságio
uma brisa que sopra
uma ponte para atravessar
energias fluídicas, sísmicas
ligações de alma e coração
eu caminho deixando pra trás
rancor, ódio, toda contramão

Brados

Pra salientar os brados, e romper com os senões. Mirações, afincos, andanças. Solavancos, saudades, cicatrizes. Na mansisão que me pulsa, dois rouxinóis cantam lépidos, a vigorar tais presságios. De tal louvor, todo o clímax. Defronte ao mar minhas ânsias. As ondas levam consigo. No ressoar das cirandas, o ensinamento preciso. Da palavra, o verbo. Do pão, o trigo.

sábado, julho 30

Caminho

labirintos
instintos ferinos
absinto
punhados de mar
um presságio
uma brisa que sopra
uma ponte para atravessar
energias fluídicas, sísmicas
ligações de alma e coração
eu caminho deixando pra trás
rancor, ódio, toda contramão

Sábado

manhã que tece
um tímido sol aparece
memórias, cafés
e presságios
solitude em vida
aos sorrisos dados
aos chopps, cigarros
filmes abstratos
as flores que vemos
perfume exalado
um samba que toca
um discurso
um brado
e esta vontade latente
de morar dentro de um sábado

sexta-feira, julho 29

Lavra

toda tempestade
lava
lavra
salienta
por vezes
esvai muralha
em frente a uma tela branca
escuto relâmpagos na sala
fugaz e contumaz no entanto
reviro anseios dos meus ancentrais
neblinas cigarros acesos
a vida cabe inteira num cartão-postal
amores nunca serão presos
a iberdade é parte das juras de fé

quinta-feira, julho 28

mosaicos

Entretanto, conforme as tempestades dão lugar as brisas, e todo o escarcéu para limpar as folhas, culminam neste intrépido fulgor de letras que formam mosaicos e entendem-se feito alquimia, coisa de natureza. Na lira, condutas retas, densidades, ânsias, conquistas de três aplausos. Fragmentos de versos enchem o copo, e de verbos ébrios componho um brado, uma cor. Destas andanças, rotinas, cláridos fatos contínuos, enxerga quem tem olhar de encanto. E nas vibrações, energias, algumas palavras são guias: luz, sabedoria, compaixão, fé. As verdades mais cruas se materializam, o verso quente que jorra e inunda, germinando presságios, regando a terra em que piso. Nuances, gestos, olhares que encontram olhares. A palavra que cessa o caos. Um poema transita e incita. Meu poema é de artesão que molda até a última saliva. Pra culminar, fluir o climax. Desbravar porteiras e casulos e becos estreitos.

Reluzia

tem rock
tem um punhado de rabiscos
defronte copos na mesa no chão
as tais angústias esvão-se
cigarros preenchem o silêncio repentino
logo seguido por um foda-se ou um estou contigo
nas venturas desmedidas de uma frota
de transes nuances flores vermelhas ruas com bares
e no rompante certezas dúbias
a vida é um quadro abstrato
com horóscopos e cartomantes
vertentes lentes em foco
refúgio glorioso o da poesia
lá onde o breu reluzia
e havia um pouco de choro enquanto sorria

inimagináveis

boas coisas
temos uma arvore
e umas cervejas
onde poderemos estender uma rede
pegar uma caixa térmica cheia
e ficar papeando sobre coisas inimagináveis

Noturno

Trago densidades
de uma noite insone
cigarros
bebidas
um jazz rouco amassiando os ouvidos
um comentário torpe
para as paredes
e este quadro dadaísta a desdenhar meus brios
meus malogros
e sinas
as tais alegrias de sábado
os risos desmedidos
desejos incontidos
miragens na janela
um fato
um naco
fragmento de vida
alguém que passa
alguém que para
e mija num poste
cachorro ladra
neblina e brumas
o telefone em silêncio
noturno transponho
rascunhos
tramas que esqueço
enquanto durmo


ìndico

Pra mim infante
Passos flutuantes
Raridades ao mar
Montante
Cismas, rimas
Frontes
O meu horizonte
Tende a azular
Na lira
Rua desmedida
Rotas corroídas
Os grafites dão flor ao caminho
Lírico
Na nuance e vívivo
Contumaz impirico
Pronto a voar
No Índico

quarta-feira, julho 13

Tzara

Faros e as estradas escuras a noite faróis e discos voadores fulgores rompantes dissabores no romper de ânsias e muralhas torpores sabores e histórias soberbas e cerejas dos bolos e afinco presságio frontes flores

segunda-feira, julho 11

Vento forte

Contratempo
Alarde
E vento forte
Norte que não vejo
Sorte é ter anseio
Brado
Vasto
Vívido
Trapos
Nacos
Ritmos
No romper de esferas
Nuances que imperam
No tremor de terras
Corações de pedra
Soberbas
Malicias
Tramas travestidas
Remanso é desejo
Densidades
Apetrechos
Dualidades
Terceiros
Mil tempestades
No peito
Os fragmentos certeiros
A raridade de sê-los

domingo, julho 10

Por aí

Vou por ai
Sem lamento
É só ir
Firmamento
Em si
Pelas ruas
Sorrir
Olhar a torre
Pipoqueiro
O açougue
Panfleteiro
Garçonete
Jornaleiro
Dono de bar
Dono de jogo
Funcionário do mês
Desaforos
Avenidas
De tão cruas místicas
Densidades sísmicas
Ouço uma nova palavra
Eu sento na praça
E assisto a vida
De graça

Ardor

O afinco tenebroso
Da verdade em explosão
O peso inerente
O fardo presente
Do ardor relutante
Fulgor, contramão
A árdua lida
Suores cintilam
Uns berros oscilam
Brados que instigam
A luta tersã
Frente a mil leões
Montantes de arestas
Abertas as frestas
Que mostram a noite
Cigarros, neblinas
Dilemas, mistérios
De lutas e sinas

sábado, julho 9

Sopro

Verdades corroídas
Tem ventos soprando feridas
O caustico, íngreme
Sem leste ou limite
No ardor, brado, afinco
Algum desatino
Montantes de cismas
Densidade vívida
Adeus de partida
E as horas vindas
Rodas de cantigas
Com fé e guarida
Mais uma bebida
E as coisas tidas
Eu penso na vida
Tem ventos soprando feridas

Ao mar

As partes que me cabem
Vão-se com as ondas
Ligeiras, risonhas
Ao mar meu instinto
Ébrio absinto
Fumaças
Garrafas lançadas
Ao mar meu brio
Instinto preciso
Do amor rarefeito
Trovejando cá
Ao mar a lástima
A falta, o descaminho
Ao mar o meu ninho
Casulo, pressinto
Ao mar minha dor
Este peso inerente
Das costas cansadas
Da alma lavrada
Ao mar meu peito aberto
Sargaço que desperto
E num rompante, um amplexo
Tons de raridades
O mar vai saber lidar com esta tempestade

sexta-feira, julho 8

Poema sobre chuva e pubs que tocam blues

Outrora


Um arranha-céu


Aurora boreal


Quisera


O meu guarda chuva


Nesse temporal


Encharcado


Dos cadarços


E da blusa dos stones


Eu danço


Para passar o agouro


Vindouro amanhã


Lampejos


Sereno


Entro, um drinque no pub


Cigarros e punge


Alguns alardes


Redenção


Mirante elucida


Tão rara é a vida


Mais uma bebida


Brado, uma sativa


Redundante clímax


É juntar sentidos


Pra que no umbigo


Adentro, intenso


vido


No ardor de terá e tido


Pintar de flor o breu


O abrigo


quinta-feira, julho 7

Três maracanãs

Metritocacia


Médio porte, fila


Quilométrica


Pra marcar consulta médica


Alquimia


Química


Folia


Hatmonia


Tudo em clima


Alforria


Visões de além


Maria


Bênçãos mãe carmen


Vide o fulgor, o alarde


Na lida um apice


Na cintilância astuta


Reverberar a luta


Ganhar de três maracanãs


Num chute de firula

Bug do blogger

Quando eu escrevo um poema no bloco de notas -  lugar onde escrevo -  ele vai com um espaçamento completamente diferente pra postagem do bloggef. Tem que melhorar isso.

Nuance

Tais verdades


Me sustentam


Raridadea. alimentam


Doces flores


Apimentam


us, rancores


Se arrebentam

Fugaz


Vezes voraz


Nuance


De pretensão


Atroz


Muiros de nós


Se elucidam


.


Sagaz


A gente faz


Folia e benfeitoria


Além.


Algim vintém


Para transpor alegria

quarta-feira, julho 6

Rascunho um ensaio a tarde

Depois


Agora vou ficar aqui


No remanso


Sativa, pronto


Pra um apogeu


Doce ardor que paira


E só eu na sala


Muitas léguas pra trilhar


Afinco, na labuta insisto


Nunca é tarde pra sonhar


Lírios, chás de wiccas


Coisa linda


Nuances, prismas


Uma manga cai da arvore


Eu li num poema certa vez


A natureza ensina a gente a cair


sábado, julho 2

Mil verões

Tão fugaz
Leve e trás
Só encenações
Mil verões
Vento e cais
Olho a imensidão

Vôo, avante
Voraz
Tudo mais
Mesmo os ais
São ensinamentos

Baby
Não me espera a tarde
Hoje eu anoiteço amanhã
Veja
Vê se pode
Dispensei as coisas vãs
Creia
Não emudeça
Tudo bem
Tudo ligth
Tudo em paz
Sinta
Não to dessa
Flor despetalada eu dispenso

sexta-feira, julho 1

Das decisões

Não que eu queira

Adentrar

No seu casulo

Vou embora

E sinto muito

Tenho tantas estradas

Pra olhar

Meu viver impacta, soma

No remanso

No entanto

Fugaz

Um momento de paz

É bênção

Vindouros rios d'ouros

E uma preta com charme

E crença


Desenhos em nuvens

Fumaças, neblinas

O que sou eu surge

Sinta

Tons de amiúde

Doce dom incita

Minha decisão

Te ensina