quinta-feira, julho 28

mosaicos

Entretanto, conforme as tempestades dão lugar as brisas, e todo o escarcéu para limpar as folhas, culminam neste intrépido fulgor de letras que formam mosaicos e entendem-se feito alquimia, coisa de natureza. Na lira, condutas retas, densidades, ânsias, conquistas de três aplausos. Fragmentos de versos enchem o copo, e de verbos ébrios componho um brado, uma cor. Destas andanças, rotinas, cláridos fatos contínuos, enxerga quem tem olhar de encanto. E nas vibrações, energias, algumas palavras são guias: luz, sabedoria, compaixão, fé. As verdades mais cruas se materializam, o verso quente que jorra e inunda, germinando presságios, regando a terra em que piso. Nuances, gestos, olhares que encontram olhares. A palavra que cessa o caos. Um poema transita e incita. Meu poema é de artesão que molda até a última saliva. Pra culminar, fluir o climax. Desbravar porteiras e casulos e becos estreitos.

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