domingo, dezembro 16

Mar de mim

olhos verdes cor do mar de mim
que azula-se nas manhãs rente as auroras
e transformam aquarelas na infinitude
de águas que - encantadas -
bailam ondas sutilmente

seu vestido bege tinge as tardes
que alaranjadas ganham tons de prata-
madrugada
seus passos lépidos pincelam versos-brisas
nas areias entorpecidas de Ipanema

na imensidão de mim há espaço pro amor que é seu
na quietude daqui ressoa a sombra de nós


andar pela areia estrada de carmim
que rubra a mente traz a lua que implora
seus olhos a cruzar o espaço rumo a noite
em que teremos mariposas na janela
bailando cores em música negra

sua boca espalha vinho na alameda
onde flores brincam de ser criança-estrela
acende os versos que te desenham em mim
um pleno céu de breus e multi-tons
nas pedras entretidas do Farol

na imensidão de mim há espaço pro amor que é seu
na quietude daqui ressoa a sombra de nós



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Mergulho em parceria com o poeta azul e amigo querido Alexandre Beanes

3 comentários:

Anônimo disse...

orgulho de ter você como parceiro, meu caro!

Unknown disse...

Um mar que saiu em voz alta por aqui, provocando estranheza por quem, mais abaixo, passava na calçada,,, rs

Sempre quero conhecer o Rio impresso nas poesias...

Bela parceria,,, vou-me conhecer letras de Alexandre Beanes pra destrinchar a miscelânea, rs

Abraços e marítimas invenções!

Lais Mouriê disse...

Que lindo poema a quatro mãos!!! Azulou-me inteira, ou esverdeou-me???? hehe

Bjos