absinto
punhados de mar
um presságio
uma brisa que sopra
uma ponte para atravessar
energias fluídicas, sísmicas
ligações de alma e coração
eu caminho deixando pra trás
rancor, ódio, toda contramão
Postado por
Clóvis Struchel
,
10:50
0
Deixaram-se levar...
Pra salientar os brados, e romper com os senões. Mirações, afincos, andanças. Solavancos, saudades, cicatrizes. Na mansisão que me pulsa, dois rouxinóis cantam lépidos, a vigorar tais presságios. De tal louvor, todo o clímax. Defronte ao mar minhas ânsias. As ondas levam consigo. No ressoar das cirandas, o ensinamento preciso. Da palavra, o verbo. Do pão, o trigo.
Postado por
Clóvis Struchel
,
10:49
0
Deixaram-se levar...
Postado por
Clóvis Struchel
,
09:53
0
Deixaram-se levar...
manhã que tece
um tímido sol aparece
memórias, cafés
e presságios
solitude em vida
aos sorrisos dados
aos chopps, cigarros
filmes abstratos
as flores que vemos
perfume exalado
um samba que toca
um discurso
um brado
e esta vontade latente
de morar dentro de um sábado
Postado por
Clóvis Struchel
,
08:07
0
Deixaram-se levar...
toda tempestade
lava
lavra
salienta
por vezes
esvai muralha
em frente a uma tela branca
escuto relâmpagos na sala
fugaz e contumaz no entanto
reviro anseios dos meus ancentrais
neblinas cigarros acesos
a vida cabe inteira num cartão-postal
amores nunca serão presos
a iberdade é parte das juras de fé
Postado por
Clóvis Struchel
,
10:56
0
Deixaram-se levar...
Entretanto, conforme as tempestades dão lugar as brisas, e todo o escarcéu para limpar as folhas, culminam neste intrépido fulgor de letras que formam mosaicos e entendem-se feito alquimia, coisa de natureza. Na lira, condutas retas, densidades, ânsias, conquistas de três aplausos. Fragmentos de versos enchem o copo, e de verbos ébrios componho um brado, uma cor. Destas andanças, rotinas, cláridos fatos contínuos, enxerga quem tem olhar de encanto. E nas vibrações, energias, algumas palavras são guias: luz, sabedoria, compaixão, fé. As verdades mais cruas se materializam, o verso quente que jorra e inunda, germinando presságios, regando a terra em que piso. Nuances, gestos, olhares que encontram olhares. A palavra que cessa o caos. Um poema transita e incita. Meu poema é de artesão que molda até a última saliva. Pra culminar, fluir o climax. Desbravar porteiras e casulos e becos estreitos.
Postado por
Clóvis Struchel
,
23:12
0
Deixaram-se levar...
Postado por
Clóvis Struchel
,
22:02
0
Deixaram-se levar...
boas coisas
temos uma arvore
e umas cervejas
onde poderemos estender uma rede
pegar uma caixa térmica cheia
e ficar papeando sobre coisas inimagináveis
Postado por
Clóvis Struchel
,
21:08
0
Deixaram-se levar...
Trago densidades
de uma noite insone
cigarros
bebidas
um jazz rouco amassiando os ouvidos
um comentário torpe
para as paredes
e este quadro dadaísta a desdenhar meus brios
meus malogros
e sinas
as tais alegrias de sábado
os risos desmedidos
desejos incontidos
miragens na janela
um fato
um naco
fragmento de vida
alguém que passa
alguém que para
e mija num poste
cachorro ladra
neblina e brumas
o telefone em silêncio
noturno transponho
rascunhos
tramas que esqueço
enquanto durmo
Postado por
Clóvis Struchel
,
19:46
0
Deixaram-se levar...
Postado por
Clóvis Struchel
,
19:02
0
Deixaram-se levar...
Faros e as estradas escuras a noite faróis e discos voadores fulgores rompantes dissabores no romper de ânsias e muralhas torpores sabores e histórias soberbas e cerejas dos bolos e afinco presságio frontes flores
Postado por
Clóvis Struchel
,
18:39
0
Deixaram-se levar...
Contratempo
Alarde
E vento forte
Norte que não vejo
Sorte é ter anseio
Brado
Vasto
Vívido
Trapos
Nacos
Ritmos
No romper de esferas
Nuances que imperam
No tremor de terras
Corações de pedra
Soberbas
Malicias
Tramas travestidas
Remanso é desejo
Densidades
Apetrechos
Dualidades
Terceiros
Mil tempestades
No peito
Os fragmentos certeiros
A raridade de sê-los
Postado por
Clóvis Struchel
,
12:59
0
Deixaram-se levar...
Vou por ai
Sem lamento
É só ir
Firmamento
Em si
Pelas ruas
Sorrir
Olhar a torre
Pipoqueiro
O açougue
Panfleteiro
Garçonete
Jornaleiro
Dono de bar
Dono de jogo
Funcionário do mês
Desaforos
Avenidas
De tão cruas místicas
Densidades sísmicas
Ouço uma nova palavra
Eu sento na praça
E assisto a vida
De graça
Postado por
Clóvis Struchel
,
13:47
0
Deixaram-se levar...
O afinco tenebroso
Da verdade em explosão
O peso inerente
O fardo presente
Do ardor relutante
Fulgor, contramão
A árdua lida
Suores cintilam
Uns berros oscilam
Brados que instigam
A luta tersã
Frente a mil leões
Montantes de arestas
Abertas as frestas
Que mostram a noite
Cigarros, neblinas
Dilemas, mistérios
De lutas e sinas
Postado por
Clóvis Struchel
,
10:57
0
Deixaram-se levar...
Verdades corroídas
Tem ventos soprando feridas
O caustico, íngreme
Sem leste ou limite
No ardor, brado, afinco
Algum desatino
Montantes de cismas
Densidade vívida
Adeus de partida
E as horas vindas
Rodas de cantigas
Com fé e guarida
Mais uma bebida
E as coisas tidas
Eu penso na vida
Tem ventos soprando feridas
Postado por
Clóvis Struchel
,
17:43
0
Deixaram-se levar...
As partes que me cabem
Vão-se com as ondas
Ligeiras, risonhas
Ao mar meu instinto
Ébrio absinto
Fumaças
Garrafas lançadas
Ao mar meu brio
Instinto preciso
Do amor rarefeito
Trovejando cá
Ao mar a lástima
A falta, o descaminho
Ao mar o meu ninho
Casulo, pressinto
Ao mar minha dor
Este peso inerente
Das costas cansadas
Da alma lavrada
Ao mar meu peito aberto
Sargaço que desperto
E num rompante, um amplexo
Tons de raridades
O mar vai saber lidar com esta tempestade
Postado por
Clóvis Struchel
,
08:12
0
Deixaram-se levar...
Outrora
Um arranha-céu
Aurora boreal
Quisera
O meu guarda chuva
Nesse temporal
Encharcado
Dos cadarços
E da blusa dos stones
Eu danço
Para passar o agouro
Vindouro amanhã
Lampejos
Sereno
Entro, um drinque no pub
Cigarros e punge
Alguns alardes
Redenção
Mirante elucida
Tão rara é a vida
Mais uma bebida
Brado, uma sativa
Redundante clímax
É juntar sentidos
Pra que no umbigo
Adentro, intenso
Lívido
No ardor de terá e tido
Pintar de flor o breu
O abrigo
Postado por
Clóvis Struchel
,
13:36
0
Deixaram-se levar...
Metritocacia
Médio porte, fila
Quilométrica
Pra marcar consulta médica
Alquimia
Química
Folia
Hatmonia
Tudo em clima
Alforria
Visões de além
Maria
Bênçãos mãe carmen
Vide o fulgor, o alarde
Na lida um apice
Na cintilância astuta
Reverberar a luta
Ganhar de três maracanãs
Num chute de firula
Postado por
Clóvis Struchel
,
14:52
0
Deixaram-se levar...
Quando eu escrevo um poema no bloco de notas - lugar onde escrevo - ele vai com um espaçamento completamente diferente pra postagem do bloggef. Tem que melhorar isso.
Postado por
Clóvis Struchel
,
14:36
0
Deixaram-se levar...
Tais verdades
Me sustentam
Raridadea. alimentam
Doces flores
Apimentam
Véus, rancores
Se arrebentam
Fugaz
Vezes voraz
Nuance
De pretensão
Atroz
Muiros de nós
Se elucidam
.
Sagaz
A gente faz
Folia e benfeitoria
Além.
Algim vintém
Para transpor alegria
Postado por
Clóvis Struchel
,
13:13
0
Deixaram-se levar...
Depois
Agora vou ficar aqui
No remanso
Sativa, pronto
Pra um apogeu
Doce ardor que paira
E só eu na sala
Muitas léguas pra trilhar
Afinco, na labuta insisto
Nunca é tarde pra sonhar
Lírios, chás de wiccas
Coisa linda
Nuances, prismas
Uma manga cai da arvore
Eu li num poema certa vez
A natureza ensina a gente a cair
Postado por
Clóvis Struchel
,
15:39
0
Deixaram-se levar...
Tão fugaz
Leve e trás
Só encenações
Mil verões
Vento e cais
Olho a imensidão
Vôo, avante
Voraz
Tudo mais
Mesmo os ais
São ensinamentos
Baby
Não me espera a tarde
Hoje eu anoiteço amanhã
Veja
Vê se pode
Dispensei as coisas vãs
Creia
Não emudeça
Tudo bem
Tudo ligth
Tudo em paz
Sinta
Não to dessa
Flor despetalada eu dispenso
Postado por
Clóvis Struchel
,
18:28
0
Deixaram-se levar...
Não que eu queira
Adentrar
No seu casulo
Vou embora
E sinto muito
Tenho tantas estradas
Pra olhar
Meu viver impacta, soma
No remanso
No entanto
Fugaz
Um momento de paz
É bênção
Vindouros rios d'ouros
E uma preta com charme
E crença
Desenhos em nuvens
Fumaças, neblinas
O que sou eu surge
Sinta
Tons de amiúde
Doce dom incita
Minha decisão
Te ensina
Postado por
Clóvis Struchel
,
15:10
0
Deixaram-se levar...
persisto na leveza das horas |
Esta obra está licenciada sob uma
Licença Creative Commons.