segunda-feira, junho 13

O fotógrafo

Depois dos tropeços ébrios, infante desfiz trovões. Após densidades, adversidades, sigo na avenida incólume. Vejo, eternizo, dou um clique. Passo, há um passo há um grafite. Lembro das nuances de umas ancas. Faço, aprimoro, a luz é branda. Fragmentos de outros carnavais, raridades protegidas de tais temporais. A imensidão que fito, o silêncio de um vento leste, soberbas postas a mesa, conhaques, cigarros acesos, no jornal a economia é um erro, não ligo a tv faz tempo, leio Manoel, Leminski, Chacal, tô mais pelo mar que pelas tabelas numéricas, três cliques, quatro cliques, cinco, a lida, a labuta, o tecer da vida, o entardecer há de ser tão lírico que haverá de ser emoldurado...

Clóvis Struchel

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