sexta-feira, junho 3

Postes e muros

Chego perto. Olho o verso. Cheiro a pétala. Plenitude reverbera. No jardim silábico rego cada palavra: aurora, penduricalho, fulgor, sentimento, presságio, néctar, etc. Planto no chão a trama envolta. Hão de brotar ressonâncias, ritmos, climas. E vou colher com as mãos, sentir cada aresta, nuance, detalhe. Poema pra emoldurar, se colar, para quem for, pra quem passe, impera, plana, invade, em postes e muros dessa cidade.

Clóvis Struchel

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