sexta-feira, junho 17

Passaredos

Fortes sinas
Fragmentos
De poeiras cósmicas
E tempo
A lira de Lia
A dança dos ventos
Vorazes ansejos
Intento
Doce ardor de uns passaredos que cantam sem medo
Seus versos sobre cigarros acesos e porres e avenidas abarrotadas e soberbas e tropeços
Montante de nuances cruas
No tom do compasso
Eu vejo:
Mares
Árvores
Cães caramelos
Um portão azul
Aberto
Um senhor que passa
De terno
Uma placa de trânsito
Um programa de teve
Na cintilância
Andanças
Tantas
A minha alma
Dança
Em um baile
Já é tarde
Um alarde
Viver tem vez que serena
E tem vez que arde

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